Poesia
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Canção da Ribeirinha
por Paio Soares de Taveirós
Considerado como o texto escrito em galaico-português mais antigo, de fins do século XII


No mundo nom me sei parelha,
mentre me for como me vai,
ca ja moiro por vós e ai!
mia senhor branca e vermelha,
queredes que vos retraia
quando vos eu vi em saia.
Mao dia que me levantei
que vos enton nom vi fea!

E, mia senhor, des aquelha
me foi a mi mui mal di'ai!
E vós, filha de dom Paai
Moniz, e bem vos semelha
d'aver eu por vós guarvaia,
pois eu, mia senhor, d'alfaia
nunca de vós ouve nem ei
valia d'ua correa

[]

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